agora deixo ir
para ver se me agarras ...
não sei o pensamento e o real
no nosso quarto
entre as sombras que pensei conhecer
uma guilhotina
almofadas de pedras como neve
leio entrelinhas ... entre ti e as linhas
novembro 09, 2009
como que por saudade
visito os pequenos lugares
que se fizeram do tempo ...
e como que por magia tento la te encontrar
por tristeza/desgraça minha
teimas la não regressar
e a eles volto
volto a pequena esquina
á bela praia
ao glamuor do calmo café ...
sinto todos os cheiros
e das pequenas memorias
as grande historias sonho regressar
como que por saudade eterna
fico preso aos pequenos sons
e por fado efémero ...
sem ti não sairei deste lugar
como que por amor eterno
meu fado ... te amar ...
visito os pequenos lugares
que se fizeram do tempo ...
e como que por magia tento la te encontrar
por tristeza/desgraça minha
teimas la não regressar
e a eles volto
volto a pequena esquina
á bela praia
ao glamuor do calmo café ...
sinto todos os cheiros
e das pequenas memorias
as grande historias sonho regressar
como que por saudade eterna
fico preso aos pequenos sons
e por fado efémero ...
sem ti não sairei deste lugar
como que por amor eterno
meu fado ... te amar ...
setembro 06, 2009
não precisarei desculpar
teus lábios ... fechados
tremendo de frio
partida, tu , minha boca
meu sangue em teu girando
tu cinzenta
pálida
o mundo contando os dias ...
esperando que aprendas a gatinhar
os vermelhos
os brancos
os sujos
os limpos e os usados
crucificando ... a mim a ti ...aqui talvez ali
a profecia
o pergaminho
dobrado
a tocha
a minha mão
queimo?
talvez o inferno mesmo no caminho
o rato
a mosca
apenas álibi procurando
esperando
esperando apenas a missa de domingo
a normalidade
anormal
esperando
que apenas
aprendamos a rastejar
antes que eu caminha em direcção ao adeus ...
teus lábios ... fechados
tremendo de frio
partida, tu , minha boca
meu sangue em teu girando
tu cinzenta
pálida
o mundo contando os dias ...
esperando que aprendas a gatinhar
os vermelhos
os brancos
os sujos
os limpos e os usados
crucificando ... a mim a ti ...aqui talvez ali
a profecia
o pergaminho
dobrado
a tocha
a minha mão
queimo?
talvez o inferno mesmo no caminho
o rato
a mosca
apenas álibi procurando
esperando
esperando apenas a missa de domingo
a normalidade
anormal
esperando
que apenas
aprendamos a rastejar
antes que eu caminha em direcção ao adeus ...
agosto 25, 2009
life without parachutes
nao (te)me) quero
homem num fio
comboio desconhecido
e quando a vida
nos apresenta um final
onde reticencias surgem
onde nem um beijo da menina tímida
se torna real ...
quando o dia
se evapora
sombra se enamora
de um negro guerreiro
sem espada
sem brasão
sem alma nem coração
uma desconhecida num comboio
nos mostra que afinal
mundo confuso
mentiroso
obtuso
existe esperança
em azuis olhos
que por de traz
de escolhos
se escondem
esconderam
esconderão
pois vela sem pavio
ardera por um fio
ate que o calor seja frio
e um arrepio me mate afinal
obrigado desconhecida
sinceramente obrigado... beijo e ate um comboio... no final
julho 28, 2009
hoje vi uma foto em movimento
como um sonho dormente
como uma imagem pouco transparente
como um rio em ténue corrente
vi minha mãe comigo em seu ventre
sem saber que morte carregava
porque alguns
nascem para realmente morrer ....
como se o vale da morte me abraça-se
abandono me trespassa
desprezo me asfixia
o teu amor me dilacera
negação da verdade
morte traída da única madre
como se mascara de teu ser se apoderara
e o mínimo calor tapara
de mim nem sombra ...
apenas triste e lenta negação
como quem vê e se quer cego
como um caixão e um prego
como vida a flutuar tentando encontrar o que vive a negar
cansaço que vence o velho cavaleiro
sem armadura de espada partida teima em lutar
ate que a morte o tende desvirtuar
morte veneno de sua amada .... não espada
porque essa bradava apenas para a alcançar...
julho 02, 2009
"Há dias em que me recuso a sentir, a viver...
e passo meramente a existir.
Há dias em que me limito a pensar, a racionalizar...
e faço por extinguir o medo que surge por te amar.
Aniquilando-o pela raiz.
E reconheço-me no meio daqueles, que por qualquer sua razão e
"que de limitada visão...
não tiram os olhos do chão...
nem movem o pensamento para o coração..." "
dias de solidão
aniquilam aquilo que surgiu do chão
pó se torna
levado pelo vento ... perde razão
e nem réstia
nem visão
tudo se perde
vivido em vão
nem lamento
apenas triste ardente
dormente solidão
e passo meramente a existir.
Há dias em que me limito a pensar, a racionalizar...
e faço por extinguir o medo que surge por te amar.
Aniquilando-o pela raiz.
E reconheço-me no meio daqueles, que por qualquer sua razão e
"que de limitada visão...
não tiram os olhos do chão...
nem movem o pensamento para o coração..." "
dias de solidão
aniquilam aquilo que surgiu do chão
pó se torna
levado pelo vento ... perde razão
e nem réstia
nem visão
tudo se perde
vivido em vão
nem lamento
apenas triste ardente
dormente solidão
distorcido
distorcido ...
desde o inicio
distorcido ...
não irei voltar
qual forma normal
sigo na paranormalidade do anormal
não me viro para traz
não retiro o que digo
não devolvo o que retiro
simplesmente sinto
sinceramente digo
presencialmente aqui ...
tudo o que preciso teu coração
mas apenas dedos não me guiam
distorção dessincronizada melodia não produz
por mais que grite sozinho não canto
lentamente sofrimento da cola me retira
adeus á vida sem encanto
quando toque não era preciso ... cantava num olhar
junho 25, 2009
louco ou heroi..
desculpa se nao posso morrer ...
desculpa se o céu ficou negro...
desculpa se espetei facas em bebes ....
desculpa se matei as individualidades espaciais...
se ate poeta se tornou voto expiatório ...
porque não posso eu morrer?
se não tenho futuro
e se o céu não foi feito para mim ...
se me atiro ao fogo ...
ardo em inferno próprio ..
porque não posso eu morrer?
se vejo apenas larvas vestidas de borboletas...
se nem as larvas meu corpo querem ...
se nem em prata tenho valor
e insectos me descartam ..
porque não posso eu morrer?
então eu desejo ser um rei ...
ser eterno rei ...
em reino de nada...
apenas espaço ...
vendendo nada a ninguém ...trocando inexistente alma por alguém
se ao menos fosse bom o suficiente... veria o céu e saberia que não estou sozinho
abril 18, 2009
Ha algum tempo que nao escrevo
há algum tempo que não escrevo
não sou escritor
não escrevo seguido
não sou seguido enquanto escrevo
junto palavras
não junto ovelhas como pastor
não junto tons como compositor
não junto metais qual escultor
e dita a verdade nem palavras juntas
nem escritor...
apenas separo
separo os sentimentos da névoa
umas vezes dito a névoa
outras vezes o sentimento
dito, minhas mãos escrevem,
e dita a verdade nem escrever sei
descrevo...
perfilo palavras de engraçada forma
junto verbos e advérbios provérbios
e trapézios
círculos e rectângulos
ângulos e rectas
dito o que vejo
descrevo o que sinto....
mas como nem sempre o sentimento tem sensaçao
o odor tem cheiro...
e da visão nem cor ...
por vezes nem texto nem dor
por vezes nem letras sem cor ...
minhas mãos não escrevem
meus olhos não vêem
coração não sente ....
e deste rebanho de palavras malhadas a gramática não se recente ...
e assim explico o porquê de não escrever há já bastante tempo
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