setembro 06, 2009

as vezes sento-me no telhado com um pack de cervejas e uma caçadeira
matando velhos fantasmas disparando novos medos ....
não precisarei desculpar
teus lábios ... fechados
tremendo de frio

partida, tu , minha boca
meu sangue em teu girando

tu cinzenta
pálida

o mundo contando os dias ...

esperando que aprendas a gatinhar

os vermelhos
os brancos
os sujos
os limpos e os usados
crucificando ... a mim a ti ...aqui talvez ali
a profecia
o pergaminho
dobrado

a tocha
a minha mão
queimo?

talvez o inferno mesmo no caminho

o rato
a mosca
apenas álibi procurando

esperando

esperando apenas a missa de domingo
a normalidade
anormal


esperando

que apenas

aprendamos a rastejar


antes que eu caminha em direcção ao adeus ...
subiu
come alto
mundo a seus pés
sentado sentiu o vazio
por vidas empedreceu
por séculos se suspendeu
por segundos pensou
de gelo ...

se tornou

nem vento abalou
da montanha se fez
a come alto onde
canto não pia se juntou

o homem se destronou

de nada me fiz ...
em nada existo ...