setembro 30, 2008

há dias em que evito escrever,
para que as palavras não
transmitam o desejo de
meu ser nem sonhar quanto
mais viver...

há dias em que evito pensar
para que meu pensamento
não me transporte para a realidade
de deambular, sofrer e viver...

há dias em que paro o respirar
para á morte me entregar
assim ousar
acabar com o tempo que o tempo
me fez te conhecer...

e assim me entrego com
total desprezo pela luz
e alegria, solidão sombria
na sombra sem dia
me espera
me abraça
me oblitera
me entrego
não resisto
nem desisto
apenas me conquisto pela escuridao sem dia...




sem comentários, sem considerações, dedicatórias ou explicações .

setembro 12, 2008

noite/dia/ciclo


quando a noite se fecha
meu pensamento não encerra ...
vagueia ate o acordar do dia ...

quando a manha aparece
meu pensamento não abre nem rejuvenesce ...
meu coração se fecha e endurece ...

meu mundo em pedra se transparece...
minha voz sem gelo não se fala ...
e em gelo que não estala,
meu sangue adormece ...

minha vida não se transforma
e no oceano se entorna...
sem esperada ausência de tal dormência
de que meu pensamento não desperta ...
sem sentir de sentimento
de que o momento nem o sol aqueça...
e em mim já mais transpareça
anseio demência ou mistério da surpresa ...
sem que em mim a mente obedeça
ao ritmo em que o som o silencio tropeça ...

por fim mas sem fim ...
nem da vista me serve naquele lento respirar
que faz com que o desejo a minha vida queira acabar ...

e por fim mas sem o fim terminar...
volto a adormecer e como feitiço
da loucura ou praga da demência
minha noite interminável
e meu dia sombrio retomam seu ciclo inquebrável ...




aviso a navegação: não espelha o estado de espírito do seu criador

setembro 11, 2008

mente,demente

sinceramente...
há universos que não entendo...
há universos que não quero entender...
há universos que da tantos versos
apenas a sua simples e estúpida existência quero esquecer...

concretamente...
há antros estranhos em que minha mente não se sente...
minha inteligência não alcança
e meu ser se espanta com tanta podridão
de antros que mais que negros ...
são mais que a estúpida e vaga negridão ...

precisamente...
há pessoas que de estranhas que sao...
ate as suas propias entranhas...
se sentem mais que sujas...
e de psicológicas que são...
nem o pó do chão as livrarão da simples e triste solidão...

especificamente...
há pessoas em lagos negros...
há pessoas em multidão...
que tão vaga como o grão...
nem a areia quer ser comparada a si, então ...

cirugicamente...
demente muito tem ...
se a propia mente...
nao me mente mas me remete ao coração...
perco a razão...
e mais uma vez,
mais do que lenta
inexistente é a compreensão ...
de que de sermão...
nem as estrelas se livrarão ...

e por fim mas sem fim ...

tristemente...
olhar para o negro vento
que paira ao relento...
de tal pensamento...
sem encontrar rumo entre mais que a razão ...
aquele que em ser forma o coração ...


pensa nisto como um sermão ...
porque a ti já não consigo chamar-me a mim ...
...razão...



talvez um pouco confuso...
talvez ou mais do que isso criei-o assim...porque a vida por vezes é assim ...

não dedicado a mim, mas a uma mais do que grande, enorme amiga...

(sinceramente não encontrei foto para este post)