abril 20, 2008

caminho sosinho


eu caminho sozinho ...
detendo apenas memorias...
de um distante ontem ...
pensando se alguém saberá...
onde perdi a minha alma ...
bem longe no meu passado...

sozinho continuo ...
pensando se apenas serei eu grande demais ...
ou o ser pequeno a mais para me perceber ...
pensando se devo lembrar
ou apenas
deixar o mundo ...
e me esquecer ...

sozinho me me imponho
estado de solidão ...
esta ausência de próprio perdão....
mas sem deixar
nem conseguir voltar
para aquele lugar...
onde um dia a vida me disse
que era apenas uma grande ilusão ...

eu preciso de correr
correr para bem longe ...
tentar viver a minha vida ...
por mim mesmo...
aprendendo a ganhar e perder...
sem nunca me deixar
por fim
vencer...

e aqui estou eu sentado
apenas e sozinho...
tentado a viver
tentado esquecer aquilo
aqueles quem em casa deixei...

sigo esta tentação ...
e so assim ...
encontro o meu caminho para longe ...

da morte que me impõe esta solidão ...





para a menina amarela ....

abril 18, 2008

aqui


lentamente a minha mente escapa
na direcção do prazer...
prazer que leva a minha realidade
para a irrealidade do negro fundo da minha alma...
la permanece ate que sozinha reaparece
na negra luz do dia ...

aqui o tempo tende para infinito...
aqui tudo para e tudo move...
tudo é estável, tudo explode...
aqui a previsibilidade é imprevisível...
e o fim inatingível ...

aqui tudo é branco e preto...
aqui as cores são "monosonicas" e os sons monocromáticos ...

aqui o certo e o incerto se fundem,
se confundem, transcendem e descendem...
do movimento estático dos devaneios,
pensamentos, paradoxos e conceitos...
da trivialidade não existente
em tal estado de alma,
escuridão absoluta...

aqui a certeza é solida e única...
a única certeza é a incerteza
de que sei quem não sou...

aqui apenas eu movo, faço e desfaço...
aqui eu vou ficar por longos tempos...
aqui simplesmente retiro a realidade
e faço a pausa do tempo que não pára...
aqui a vida se separa...
a irrealidade reina...
o obsceno prospera...
aqui os limites desaparecem e as constantes desvanecem

aqui estou eu...
bem no interior de mim
constantemente cheio de vazio...
negro e sombrio...
onde me crio e recrio...
me escondo e refugio...
onde renasço para a realidade deste triste e interminável dia ...




dia produtivo o de hoje... continuei algumas frases e criei textos novos... isto depois de alguns dias de confusão mental que nada gerou a não ser um emaranhado de ideias estúpidas e parvas...

se tudo fosse fácil não tinha sobre o que escrever...

e assim me despeço com mais dois posts e com uma frase que não me saio da cabeça esta semana: echoes, silence, patience and grace (titulo de novo album dos foo fighters)

fui-me ate um dia destes....

revolta


posso ser a corrente dominante...
morrer e renascer...
na irreverente torrente
do meu ser ...

morro e vivo enquanto sobrevives...
destro-te sem veres...
faço-te reviver sem teres...
o simples prazer de morreres...

disseste que era a parte morta da geração...
mas aqui me vez odiando e sem coração...
maquina sem memorias...
apenas com mil historias...
de momentos mórbidos
e instantes dor inglória
sem receios nem medos apenas ódio
e poucos segredos...

como incrédulo vez ...
aqui estou...
respirando forte demais para quem ainda a dias desapareceu ...
morreu reinventou e renasceu...
neste espelho me vez e não te revês...
apenas saberás ...
que aqui acabares...
e no meu mundo não mais reinaras ...

aqui é o começo do teu fim e o principio do meu inicio